A implantodontia é muito mais que um tratamento reabilitador ou restaurador com foco na estética, pois é uma especialidade que também tem como objetivo atender as necessidades funcionais do paciente.
De forma resumida, ao dar início ao planejamento estético do sorriso, o ortodontista deve fazer uma intervenção pensando exclusivamente na função de um ou mais elementos, de maneira que a funcionalidade e estética caminham juntas.
Para isso, a execução de uma anamnese criteriosa feita pelo ortodontista é o primeiro passo para que essa abordagem multidisciplinar seja bem-sucedida na implantodontia.
Etapas que antecedem a colocação dos implantes dentários
Fase de preparação
A primeira etapa é considerada mais importante no processo de implantodontia é a fase da preparação da cirurgia de implante dentário, que consiste no planejamento prévio por parte do ortodontista.
Nesse momento, o profissional realiza uma avaliação e solicita exames gerais de saúde (como, por exemplo, hemograma, coagulograma, glicemia) para a certificação de que a pessoa está preparada para a intervenção cirúrgica.
Isso porque, a colocação do implante dentário é feita após uma avaliação da quantidade de osso na região a ser reabilitada, afinal, é necessária a certificação de que existe osso suficiente para sustentar o implante. Essa avaliação é feita através de radiografias convencionais e tomografia computadorizada para identificar qual o modelo e o tamanho ideal do implante.
Antes da realização da cirurgia, é necessário que o paciente tome alguns cuidados, conforme as solicitações do dentista.
Fase cirúrgica
A fase cirúrgica da implantodontia acontece em um ambiente com fluxo controlado de pessoas, com o uso de aparatos técnicos esterilizados, que garantem toda a segurança do paciente.
Utiliza-se uma anestesia local para que o paciente não sinta incômodo ou dor durante o procedimento. Após esse processo, é feito um pequeno corte na gengiva para expor o leito ósseo e, em seguida, utiliza-se pequenas brocas para fazer a perfuração do osso.
O procedimento é feito por meio da expansão progressiva da cavidade para que possa receber o implante selecionado pelo cirurgião. Assim, o implante pode ser inserido na cavidade e, por fim, é realizada uma sutura na região. O procedimento dura cerca de 15 a 30 minutos.
Fase de reabertura
A próxima etapa se resume na fase de reabertura, que equivale a uma segunda cirurgia menos agressiva realizada entre três a seis meses após a primeira etapa. O tempo entre a primeira e segunda fase depende da resposta fisiológica do paciente e da marca do implante usado.
O objetivo nessa fase é reabrir caminho para que os implantes possam receber as próteses dentárias em breve. Vale lembrar que o processo de cicatrização é previsível, tranquila e os riscos são menores do que na fase anterior.
Colocação das próteses
Depois do período de cicatrização, as próteses são confeccionadas e colocadas no implante dentário do paciente. O processo pode depender de duas ou três sessões para ser executado, não havendo risco ao paciente.
Caso o paciente sinta dores ou algum desconforto nessa fase do implante dentário, deve comunicar o acontecido imediatamente ao cirurgião dentista para avaliar o caso. É importante lembrar a funcionalidade das próteses, vai além da estética, pois ajudam também na saúde bucal. Por isso, merecem bastante atenção durante o período de reabilitação. O que nos leva à próxima fase: acompanhamento.
Acompanhamento e manutenção
Assim que os implantes dentários são colocados, é fundamental manter um acompanhamento regular com o dentista para a retirada e a limpeza da prótese. Ademais, é essencial manter bons hábitos de higiene bucal para que o implante não seja infectado e perca a sua integração com o osso subjacente.
A importância da cor dos dentes na implantodontia
As alterações de cor estão entre as características de maior comprometimento do sorriso de um paciente. Por isso, a escolha da cor para implantes dentários é indicada que na fonte de luz utilizada estejam presentes todos os comprimentos de onda do espectro visível, permitindo a reflexão de todos eles.
Conseguir correto alinhamento, forma e cor dos dentes pode não ser suficiente para a obtenção da estética tão almejada, se esse conjunto não estiver aliado à estética vermelha, ou seja, ao correto volume e posicionamento do tecido gengival.
Situações dramáticas, nesse sentido, ocorrem em casos de perda de elementos dentais acompanhadas de reabsorção óssea. A perda de um único elemento dental, por exemplo, pode ser tratada com a instalação de um implante ou a execução de uma prótese parcial fixa.
No entanto, estes procedimentos dependem da realização da extração do dente comprometido no mesmo período em que é feita a cirurgia de fixação do implante. Desta forma, essa situação precisa necessariamente ser prevista no planejamento.
Consideramos a linha do sorriso um fator a ser considerado em nossos planejamentos estéticos. Uma linha alta, onde o paciente mostra a gengiva ao sorrir, consiste em uma situação de maior responsabilidade para o profissional ao reabilitar esteticamente a região anterior.